Lista de episódios do Caso Especial da Rede Globo - Parte II: 1973

A Ronda (? 1973) - de Oduvaldo Vianna Filho - inspirado no filme francês La Ronde, de Max Ophlus
Reunião de episódios sobre diversos casais, orquestrados por uma espécie de demiurgo que comenta, provoca e interrompe os romances.

Fausto (? 1973) - de Domingos Oliveira - escrito a partir da obra homônima de Johann Wolfgang Goethe - direção: Domingos Oliveira
História de um homem que faz um pacto com o diabo para ter sucesso e poder.

A Mãe (10/01/1973) - de Fábio Sabag - adaptação da peça homônima, de Paddy Chayesfsky - direção: Walter Campos
Uma velha senhora busca manter-se ativa na velhice. As filhas não querem que a mãe trabalhe, mas ela arruma um emprego como costureira. É demitida no primeiro dia de trabalho, pois não domina as técnicas da profissão. Decepcionada, decide ir morar com uma das filhas, mas não se adapta e volta a morar sozinha.

As Algemas, a Pedra e o Punhal (17/01/1973) - de Lenita Plonczynski e Domingos Oliveira - direção: Domingos Oliveira
História de uma mulher que descobre que os objetos têm vida. Ela passa então a manipulá-los para atormentar o homem que a abandonou.

O Duelo* (31/01/1973 - reapresentado em 10/1974) - de Walter George Durst e Domingos Oliveira - adaptação do conto homônimo, de João Guimarães Rosa - direção: Reynaldo Boury e Lima Duarte
História de um homem que, resolvido a matar o amante da esposa, acaba tirando a vida de seu próprio irmão.
(*) Pela primeira vez, a Rede Globo dramatizava uma obra do grande escritor brasileiro.

Noites Brancas (06/02/1973 - reapresentado em 02/1977) - de Oduvaldo Vianna Filho - adaptação da novela homônima, de Fiodor Dostoiévski - direção: Ziembinski
Um rapaz romântico e sonhador encontra uma moça à espera do amado, no parapeito de um cais. O namorado não comparece ao encontro. Acreditando-se abandonada, a moça acaba se envolvendo com o desconhecido. Passadas quatro noites, o namorado reaparece.

Medeia (14/02/1973 - reapresentado em 12/1974 e 01/1977, no Festival de Verão Oduvaldo Vianna Filho) - de Oduvaldo Vianna Filho - adaptação livre do drama grego de Eurípides - direção: Fábio Sabag
Medeia é moradora de um conjunto habitacional num subúrbio do Rio de Janeiro e pratica cultos afro-brasileiros. Creonte é presidente de escola de samba e Jasão, compositor popular.

Ninguém Por Perto (28/02/1973) - de Lenita Plonczynski e Isabel Câmara - direção: Domingos Oliveira
Uma mulher mora com o marido num local afastado. Quando um forasteiro aparece para trabalhar em sua casa, ela começa a desconfiar que se trata de um assassino. Por medo, acaba matando-o.

A Herdeira (23/03/1973) - de Domingos Oliveira - adaptação do filme homônimo, de William Wyler - direção: Fábio Sabag
História de uma rica herdeira que se envolve com um homem de origem modesta, apesar da oposição do pai da moça.

Luz de Gás (28/03/1973) - de Domingos Oliveira - adaptação do romance policial homônimo, de Patrick Hamilton - direção: Fábio Sabag
Depois do casamento, o casal vai morar na mesma casa em que, anos atrás, a tia da moça morrera misteriosamente.

Ratos e Homens (11/04/1973) - de Oduvaldo Vianna Filho - adaptação da obra homônima de John Steinbeck - direção: Walter Campos
História da amizade entre dois trabalhadores rurais - um deles com problemas mentais - que saem pela estrada em busca de trabalho e de uma vida melhor.

O Desquite (25/04/1973) - de Lauro César Muniz - direção: Reynaldo Boury
Ambientada no contexto da classe média carioca, entre 1963 e 1973, a história mostra o auge e o fracasso de um casamento.

Está Lá Fora Um Inspetor (09/05/1973) - de Fredman Ribeiro - adaptação do original, de J. B. Priestley - direção: David Grinberg
A alegria de uma família que festeja um noivado é interrompida com a chegada de um inspetor que investiga o suicídio de uma jovem.

As Praias Desertas (13/06/1973) - de Gilberto Braga - inspirado na canção homônima de Tom Jobim - direção: Walter Avancini
Histórias de amores e desajustes familiares que se passam alternadamente na década de 1950 e no ano de 1973.

Inocência (27/06/1973) - de Fredman Ribeiro - baseado no romance homônimo, de Alfredo d'Escragnolle Taunay, o Visconde de Taunay - direção: Domingos Oliveira
Órfã de mãe desde o nascimento, uma jovem foi criada pelo pai, um trabalhador rude e moralista. Ela se apaixona por um forasteiro e vive o romance às escondidas, porque está prometida a outro homem.

O Silêncio e o Grito (11/07/1973) - de Domingos Oliveira - adaptação do original, de Monah Delacy - direção: Alberto Salvá
Uma jovem surda-muda que trabalha num hotel descobre que o sobrinho da proprietária esconde no carro o corpo da namorada, que ele matara num momento de loucura. Ela tem que fugir da fúria do assassino e não há ninguém no hotel para socorrê-la.

O Emigrante (25/07/1973) - de Domingos Oliveira - direção: Domingos Oliveira
Um comerciante português vem para o Brasil depois de enviuvar. Aqui se estabelece num armazém de secos e molhados e constitui nova família. Mas a chegada do filho do primeiro casamento faz renascer as saudades da sua terra e o direito de voltar.

Quatro Passos Entre As Nuvens (08/08/1973) - de Alberto Salvá - adaptação do filme homônimo, de Cesare Zavattini - direção: Alberto Salvá
Uma jovem solteira está grávida e na viagem de volta para a casa dos pais conhece um rapaz, a quem ela pede que finja ser seu marido.

O Capote (22/08/1973) - de Walter George Durst - adaptação do original homônimo de Nikolai Gogol - direção: Domingos Oliveira
História de um humilde e dedicado funcionário cujo capote velho e surrado é objeto do sarcasmo dos seus colegas de repartição. Depois de meses, ele consegue a quantia necessária para fazer um novo casaco, mas um assalto acaba com sua felicidade.

Fogo Morto (12/09/1973) - de Walter George Durst - adaptação do romance homônimo de José Lins do Rego - direção: Fábio Sabag
Pensando em poupar o marido, a mulher de um decadente usineiro de açúcar esconde dele a verdadeira situação financeira da família. Tudo se complica quando a filha - por quem o usineiro tem um amor desmedido - apaixona-se por um tenente e deseja promover uma grande festa de casamento.

O Demônio da Alma (26/09/1973) - de Alberto Salvá - adaptação da peça Otelo, de Shakespeare - direção: Haroldo Costa e Alberto Salvá
História de um grande amor envenenado pelo ciúme.

Gente Pobre, Gente Rica (10/10/1973) - de Domingos Oliveira - adaptação de quatro contos de Anton Tchekhov - direção: Daniel Filho
- O primeiro conto, A Corista, é a história de uma mulher que vai à casa de uma corista, amante de seu marido, pedir que ela devolva os objetos dados por ele.
- O segundo, A Vocação, é sobre a vida dos empregados de pessoas ricas.
- O terceiro, A Culpa, como o nome diz, tem como tema o sentimento de culpa.
- A última história, A Aposta, é sobre um jovem advogado que, para provar que a prisão perpétua é preferível à pena de morte, aposta com um banqueiro que suportaria a reclusão por 15 anos.

Uma Questão de Opinião (24/10/1973) - de Domingos Oliveira - adaptação da peça homônima, de Paddy Chayesfsky - direção: Milton Gonçalves
A amizade entre um gráfico de 66 anos e seu aprendiz, um negro de 17 anos.

Irmão Mar, Irmão Terra (14/11/1973) - de Lenita Plonczynski - adaptação da peça Além do Horizonte, de Eugene O'Neill - direção: Fábio Sabag
Dois irmãos representam, cada qual, o mar e a terra. Moradores de uma fazenda, eles se apaixonam pela mesma mulher.

O Preço de Cada Um (28/11/1973 - reapresentado em 11/1994) - de Gilberto Braga - inspirado na peça O Misantropo, de Molière - direção: Walter Avancini
Um homem misantropo, crítico exagerado da sociedade, apaixona-se por uma mulher mundana que cultiva toda a falta de sinceridade e o superficialismo criticados por ele.

Da Arte de Matar (12/12/1973) - de Domingos Oliveira - adaptação do original homônimo, de José Roberto Soares de Oliveira - direção: Reynaldo Boury
Um frequentador do Jockey Clube torna-se o principal personagem de um crime.

Comentários

  1. Minha lembrança é de que o final de "Ninguém por Perto" era um pouco diferente. O forasteiro estupra a mulher do casal (Tônia Carrero) e, quando ela descobre que o marido (Paulo Goulart) ouviu tudo e não fez nada, mata o marido. A última cena é ela ligando para a polícia dizendo que encontrou o marido assassinado "com sete facadas no mínimo".

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