O futebol brasileiro está morto

E os assassinos aplaudem o mandante do crime por mais cinco anos


Foi enterrado na manhã do dia 24 de março de 2025, sem honras militares, o futebol brasileiro. A vítima fora brutalmente assassinada pelos representantes dos 40 clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro e pelas 27 Federações Estaduais de futebol do país, tendo sido o mandante e autor intelectual do crime o Sr. Ednaldo Rodrigues, figura que representa o escárnio chamado Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Ednaldo, com o apoio dos assassinos, se autoreempossou na presidência da CBF, com a conivência do Sr. Alejandro Domínguez, presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL), com quem teve um recente altercado, e do Sr. Gianni Infantino, presidente da Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA).

Representando a chapa "Por um Futebol Mais Inclusivo e Sem Discriminação de Qualquer Natureza", cujo nome e intenção são mais falsos que sua própria reputação "ilibada", o mandante, em discurso realizado para comemorar o triunfo sobre o futebol brasileiro, ao qual mandou matar sem dó, nem piedade, proferiu as seguintes palavras: "(...) Tentaram até um golpe. Resistimos e vencemos (...)". Esta declaração se deve em razão do intento do ex-jogador Ronaldo de reanimar a vítima, cujas últimas palavras não puderam ser proferidas antes de que todas as 27 federações (cujo peso na votação é 3), todos os 20 clubes da Série A (peso 2) e todos os 20 clubes da Série B (peso 1) a matassem.

Porém, o mais duro golpe que o esporte bretão neste país sofreu foi justamente a reeleição do mandante, com os assassinos o aplaudindo e o venerando por ter mandado executar com perfeição e requintes de crueldade o assassinato do futebol brasileiro. Tendo ainda a pachorra de agradecer a Deus por ter o crime sido cometido e àqueles que, segundo suas palavras, "(...) trabalham incansavelmente todos os dias para fortalecer e purificar o futebol brasileiro (...)", sendo que não adianta de nada purificar um defunto nem mesmo embalsamando-o como estão fazendo, o mandante permanecerá solto até 2030, sambando no túmulo da vítima e na cara daqueles que um dia lutaram para ver o futebol brasileiro voltar aos seus tempos áureos, ainda que, fora de campo, a CBF jamais foi paladina da pureza e da sobriedade administrativa.

Portanto, aqui encerro, para minha tristeza, a série "Como Mudar o Futebol do Brasil", visto que nada mais poderá ser feito. Deixo os artigos que escrevi como coroa de flores à vítima brutalmente assassinada pelos órgãos máximos de representação do futebol profissional do país.