Quando o filho chega da capital, acompanhado pela noiva - uma mãe solteira -, o prefeito da pequena Rochedo inicia uma campanha contra a futura nora. Ele decide investigar o passado da jovem e descobre que ela tivera um caso com um homem que tem passagem pela polícia. O prefeito faz chantagem com a moça e promove a vinda para a cidade do ex-amante dela. A partir de então, a história se encaminha para um final trágico.
O Crime do Silêncio (14 de outubro de 1971) | Escrito por Dias Gomes | Direção: Régis Cardoso
História baseada num fato real: uma moça é esfaqueada diante de 38 pessoas que permanecem indiferentes a seus gritos de socorro. A sequência do assassinato ressurge fragmentada em flashback.
Reapresentado em agosto de 1973.
A Pérola (10 de dezembro de 1971) | Escrito por Dias Gomes, baseado no romance homônimo, de John Steinbeck | Direção: Paulo José
História de uma família pobre que encontra uma pérola e com isso acredita poder solucionar todos os seus problemas. Só que acaba passando por muito sofrimento.
Reapresentado no Festival 15 Anos, em 1980.
Meus Filhos (24 de dezembro de 1971) | Original de Josefine Laurence | Adaptação: Walter George Durst | Direção: Milton Gonçalves | Produção: Daniel Filho
Um homem e sua mulher formam um casal apaixonado que, por uma dívida com o banco, perde tudo, inclusive a casa onde mora. Os dois passam então a ser vistos como um estorvo pelos filhos, que decidem separá-los.
O Trio (em alguma data de 1972) | Escrito por Sérgio Cardoso | Direção: Sérgio Cardoso e Reynaldo Boury | Produção: Daniel Filho
Uma mulher rica financia os estudos do namorado e compra uma caneta de ouro para presenteá-lo na formatura. Porém o rapaz termina o namoro. Desesperada, ela sofre um acidente de carro e morre. A caneta vai parar nas mãos de um escrivão, mudando o rumo de sua vida.
Herança Maldita (em alguma data de 1972) | Escrito por Mário Wilson | Direção: n. s.
Inspirado num antigo sucesso do programa Câmera Um de Jacy Campos, exibido pela TV Tupi na década de 1950 (o programa tinha esse nome porque todas as cenas eram acompanhadas por uma só câmera).
História de Subúrbio (em alguma data de 1972) | Escrito por Plínio Marcos | Direção e produção: Daniel Filho
Um jovem suburbano pobre e de bom coração vê na habilidade de jogar futebol uma oportunidade de mudar de vida e se casar com a moça a quem ama. Durante um jogo em que ele vai se apresentar para um olheiro do Flamengo, o rapaz sofre uma falta e quebra a perna. Sua vida torna-se amarga e decadente, até o dia em que se mete numa briga e mata a facadas o traficante do bairro.
Os Abutres (28 de janeiro de 1972) | Escrito por Marcos Rey | Direção e produção: Daniel Filho
Um empresário rico e autoritário, cercado de pessoas interessadas exclusivamente em seu dinheiro, morre num acidente de avião. A morte traz alegria aos familiares e amigos, mas pouco tempo depois eles começam a se arrepender.
Sombra Suspeita (20 de março de 1972) | Peça policial homônima, de Arthur Hailey | Direção: Daniel Filho
Uma menina de seis anos é assassinada, e um rapaz é considerado o principal suspeito. A imprensa explora o caso. Apesar de inocente, a vida do moço se torna um caos.
Meu Primeiro Baile (31 de março de 1972) | Adaptação da peça Un Carnet de Bal, do poeta e escritor francês Jacques Prévert | Escrito por Janete Clair | Direção: Daniel Filho
Uma jovem relembra seu baile de formatura e deseja encontrar seus antigos amores, com os quais havia dançado. A cada reencontro ela vive uma alegria ou uma decepção.
Primeiro programa da TV brasileira gravado inteiramente em cores. Reapresentado em junho de 1972 e em janeiro de 1995.
O Médico e o Monstro (05 de maio de 1972) | Adaptação do romance homônimo, de Robert L. Stevenson | Escrito por Domingos de Oliveira | Direção: Ziembinski
Um respeitável médio descobre uma droga capaz de transformá-lo temporariamente num ser monstruoso, mas perde o controle, e o monstro passa a cometer uma série de assassinatos.
Reapresentado no Festival 15 Anos, em fevereiro de 1980.
O Sétimo Céu (23 de junho de 1972) | Adaptação do filme homônimo, de Frank Borzage | Roteiro e direção: Domingos de Oliveira
História de amor passada durante a 1ª Guerra Mundial, entre um gari e uma menina pobre.
Dibuk, o Demônio (28 de julho de 1972) | Adaptação da peça homônima, de Sch-Anski | Escrito por Domingos de Oliveira | Direção: Daniel Filho | Assessoria para vestuários, arte e música judaicos: José Steinberg
Dois amigos fazem um acordo, tendo como testemunha um demônio: se um deles tiver um filho, e o outro, uma filha, ambos os filhos devem se casar. Se a promessa não for cumprida, os dois amigos morrem.
Reapresentado em setembro de 1972 e no Festival 15 Anos, em 1980.
Somos Todos do Jardim de Infância (07 de agosto de 1972) | Escrito por Domingos de Oliveira | Direção: Reynaldo Boury
Depois de mais de 30 anos, dois amigos se reencontram e lembram dos tempos de juventude.
Reapresentado no Festival 15 Anos, de 1980.
A Lua Cheia (22 de setembro de 1972) | Adaptação do filme Rashmon, de Akira Kurosawa | Escrito por Domingos de Oliveira | Direção: Walter Avancini
História de um crime e as diferentes versões que dele dão os personagens principais.
Os Viajantes (06 de outubro de 1972) | Adaptação da peça homônima, de Isabel Câmara | Roteiro e direção: Domingos de Oliveira
Um jovem e seu pai juntam todo o dinheiro que têm e pegam um ônibus rumo a Brasília. Querem pedir ao presidente da República que os ajude a melhorar de vida, mas acabam assassinando cinco pessoas.
Giovanni, o Açougueiro (20 de outubro de 1972) | Adaptação da peça Marty, de Paddy Chayesfsky | Escrito por Domingos de Oliveira | Direção: Fábio Sabag
História de amor entre duas pessoas feias.
O Matador (alguma data de novembro de 1972) | Adaptação da peça homônima, de Oduvaldo Vianna Filho | Escrito por Domingos de Oliveira | Direção: Régis Cardoso
Um assassino profissional atormentado pelo remorso e pela culpa encontra um santeiro. Maravilhado com o trabalho do artista, torna-se seu amigo. Depois, no entanto, descobre que o rapaz é amigo da última pessoa que ele matara.
Reapresentado em fevereiro de 1977, no Festival de Verão Oduvaldo Vianna Filho.
Mirandolina (24 de novembro de 1972) | Adaptação da peça La Locandiera, de Carlo Goldoni | Escrito por Domingos de Oliveira | Direção: Walter Campos
Uma cobiçada hoteleira rejeita seus pretendentes e resolve conquistar um hóspede que despreza todas as mulheres.
O Inimigo do Povo (08 de dezembro de 1972) | Adaptação da peça homônima, de Henrik Ibsen | Escrito por Domingos de Oliveira e Isabel Câmara | Direção: Fábio Sabag
Dois irmãos - um é médico e o outro é prefeito de um pequeno balneário - disputam o uso de água da cidade.
A Dama das Camélias (27 de dezembro de 1972) | Inspirado na peça homônima, de Alexandre Dumas Filho | Adaptação para televisão: Oduvaldo Vianna Filho | Escrito por Gilberto Braga | Direção: Walter Avancini
Uma cortesã sustentada por um homem rico se apaixona por um jovem. Pressionada pelo pai do rapaz, ela renuncia ao amor e morre.
Reapresentado em dezembro de 1973 e em janeiro de 1977.
A Ronda (em alguma data de 1973) | Inspirado no filme francês La Ronde, de Max Ophlus | Escrito por Oduvaldo Vianna Filho
Reunião de episódios sobre diversos casais, orquestrados por uma espécie de demiurgo que comenta, provoca e interrompe o romance.
Fausto (em alguma data de 1973) | Adaptação da obra homônima, de Johann Wolfgang Goethe | Roteiro e direção: Domingos de Oliveira
História de um homem que faz um pacto com o diabo para ter sucesso e poder.
A Mãe (10 de janeiro de 1973) | Adaptação da peça homônima, de Paddy Chayesfsky | Escrito por Fábio Sabag | Direção: Walter Campos
Uma velha senhora busca manter-se ativa na velhice. As filhas não querem que a mãe trabalhe, mas ela arruma um emprego como costureira. É demitida no primeiro dia de trabalho, pois não domina as técnicas da profissão. Decepcionada, decide ir morar com uma das filhas, mas não se adapta e volta a morar sozinha.
As Algemas, A Pedra e o Punhal (17 de janeiro de 1973) | Escrito por Domingos de Oliveira e Lenita Plonczynski | Direção: Domingos de Oliveira
História de uma mulher que descobre que os objetos têm vida. Ela passa então a manipulá-los para atormentar o homem que a abandonou.
O Duelo (31 de janeiro de 1973) | Adaptação do conto homônimo, de João Guimarães Rosa | Escrito por Domingos de Oliveira e Walter George Durst | Direção: Reynaldo Boury e Lima Duarte
História de um homem que, resolvido a matar o amante da esposa, acaba tirando a vida de seu próprio irmão.
Pela primeira vez a Rede Globo dramatizava uma obra do grande escritor brasileiro. Reapresentado em outubro de 1974.
Noites Brancas (06 de fevereiro de 1973) | Adaptação da novela homônima, de Fiódor Dostoievski | Escrito por Oduvaldo Vianna Filho | Direção: Ziembinski
Um rapaz romântico e sonhador encontra uma moça à espera do amado, no parapeito de um cais. O namorado não comparece ao encontro. Acreditando-se abandonada, a moça acaba se envolvendo com o desconhecido. Passadas quatro noites, o namorado desaparece.
Medeia (14 de fevereiro de 1973) | Adaptação do drama grego, de Eurípides | Escrito por Oduvaldo Vianna Filho | Direção: Fábio Sabag
Medeia é moradora de um conjunto habitacional num subúrbio do Rio de Janeiro e pratica cultos afro-brasileiros. Creonte é presidente de uma escola de samba e Jasão, compositor popular.
Reapresentado em dezembro de 1974 e janeiro de 1977, no Festival de Verão Oduvaldo Vianna Filho.
Ninguém Por Perto (28 de fevereiro de 1973) | Escrito por Lenita Plonczynski e Isabel Câmara | Direção: Domingos de Oliveira
Uma mulher mora com o marido num lugar afastado. Quando um forasteiro aparece para trabalhar em sua casa, ela começa a desconfiar que se trata de um assassino. Por medo, acaba matando-o.
A Herdeira (23 de março de 1973) | Adaptação do filme homônimo, de William Wyler | Escrito por Domingos de Oliveira | Direção: Fábio Sabag
História de uma rica herdeira que se envolve com um homem de origem modesta, apesar da oposição do pai da moça.
Luz de Gás (28 de março de 1973) | Adaptação do romance policial homônimo, de Patrick Hamilton | Escrito por Domingos de Oliveira | Direção: Fábio Sabag
Depois do casamento, o casal vai morar na mesma casa em que, anos atrás, a tia da moça morrera misteriosamente.
Ratos e Homens (11 de abril de 1973) | Adaptação da obra homônima, de John Steinbeck | Escrito por Oduvaldo Vianna Filho | Direção: Walter Campos
História da amizade entre dois trabalhadores rurais - um deles com problemas mentais - que saem pela estrada em busca de trabalho e de uma vida melhor.
O Desquite (25 de abril de 1973) | Escrito por Lauro César Muniz | Direção: Reynaldo Boury
Ambientada no contexto da classe média carioca, entre 1963 e 1973, a história mostra o auge e o fracasso de um casamento.
Está Lá Fora Um Inspetor (09 de maio de 1973) | Adaptação do original, de J. B. Priestley | Escrito por Fredman Ribeiro | Direção: David Grimberg
A alegria de uma família que festeja um noivado é interrompida com a chegada de um inspetor que investiga o suicídio de uma jovem.
As Praias Desertas (13 de junho de 1973) | Inspirado na canção homônima, de Tom Jobim | Escrito por Gilberto Braga | Direção: Walter Avancini
Histórias de amores e desajustes familiares que se passam alternadamente na década de 1950 e no ano de 1973.
Inocência (27 de junho de 1973) | Baseado no romance homônimo, do Visconde de Taunay | Escrito por Fredman Ribeiro | Direção: Domingos de Oliveira
Órfã de mãe desde o nascimento, uma jovem foi criada pelo pai, um trabalhador rude e moralista. Ela se apaixona por um forasteiro e vive o romance às escondidas, porque está prometida a outro homem.
O Silêncio e o Grito (11 de julho de 1973) | Original de Monah Delacy | Escrito por Domingos de Oliveira | Direção: Alberto Salvá
Uma jovem surda-muda que trabalha num hotel descobre que o sobrinho da proprietária esconde no carro o corpo da namorada, que ele mata num momento de loucura. Ela tem que fugir da fúria do assassino e não há ninguém no hotel para socorrê-la.
O Emigrante (25 de julho de 1973) | Roteiro e direção: Domingos de Oliveira
Um comerciante português vem para o Brasil depois de enviuvar. Aqui se estabelece num armazém de secos e molhados e constitui nova família. Mas a chegada do filho do primeiro casamento faz renascer as saudades da sua terra e o desejo de voltar.
Quatro Passos Entre as Nuvens (08 de agosto de 1973) | Adaptação do filme homônimo, de Cesare Zavatini | Roteiro e direção: Alberto Salvá
Uma jovem solteira está grávida e na viagem de volta para a casa dos pais conhece um rapaz, a quem ela pede que finja ser seu marido.
O Capote (22 de agosto de 1973) | Adaptação do original homônimo, de Nikolai Gogol | Escrito por Walter George Durst | Direção: Domingos de Oliveira
História de um humilde e dedicado funcionário cujo capote velho e surrado é objetivo do sarcasmo dos seus colegas de repartição. Depois de meses, ele consegue reunir a quantia necessária para fazer um novo casaco, mas um assalto acaba com sua felicidade.
Fogo Morto (12 de setembro de 1973) | Adaptação do romance homônimo, de José Lins do Rego | Escrito por Walter George Durst | Direção: Fábio Sabag
Pensando em poupar o marido, a mulher de um decadente usineiro de açúcar esconde dele a verdadeira situação financeira da família. Tudo se complica quando a filha - por quem o usineiro tem um amor desmedido - apaixona-se por um tenente e deseja promover uma grande festa de casamento.
O Demônio da Alma (26 de setembro de 1973) | Adaptação da peça Otelo, de William Shakespeare | Escrito por Alberto Salvá | Direção: Alberto Salvá e Haroldo Costa
História de um grande amor envenenado pelo crime.
Gente Pobre, Gente Rica (10 de outubro de 1973) | Escrito por Domingos de Oliveira | Direção: Daniel Filho | Produção: Moacyr Deriquém
Adaptação de quatro contos de Anton Tchekhov.
- A Corista: História de uma mulher que vai à casa de uma corista, amante de seu marido, pedir que ela devolva os objetos dados por ele.
- A Vocação: Sobre a vida dos empregados de pessoas ricas.
- A Culpa: Este tem como tema o sentimento de culpa.
- A Aposta: Sobre um jovem advogado que, para provar que a prisão perpétua é preferível à pena de morte, aposta com um banqueiro que suportaria a reclusão por 15 anos.
Uma Questão de Opinião (24 de outubro de 1973) | Adaptação da peça homônima, de Paddy Chayesfsky | Escrito por Domingos de Oliveira | Direção: Milton Gonçalves
A amizade entre um gráfico de 66 anos e seu aprendiz, um negro de 17 anos.
Irmão Mar, Irmão Terra (14 de novembro de 1973) | Adaptação da peça Além do Horizonte, de Eugene O'Neill | Escrito por Lenita Plonczynski | Direção: Fábio Sabag
Dois irmãos representam, cada qual, o mar e a terra. Moradores de uma fazenda, eles se apaixonam pela mesma mulher.
O Preço de Cada Um (28 de novembro de 1973) | Inspirado na peça O Misantropo, de Molière | Escrito por Gilberto Braga | Direção: Walter Avancini
Um homem misantropo, crítico exagerado da sociedade, apaixona-se por uma mulher mundana que cultiva toda a falta de sinceridade e o superficialismo criticados por ele.
Reapresentado em novembro de 1994.
Da Arte de Matar (12 de dezembro de 1973) | Adaptação do original homônimo, de José Roberto Soares de Oliveira | Escrito por Domingos de Oliveira | Direção: Reynaldo Boury
Um frequentador do Jockey Clube torna-se o principal personagem de um crime.
Fonte: Dicionário da TV Globo, v.1: programas de dramaturgia & entretenimento / Projeto Memória das Organizações Globo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2003.