A vergonha que foi esta edição da Bola de Ouro...
Sucede que, na manhã do dia 28 de outubro, data da realização do evento, uma equipe de 50 pessoas, entre diretores, familiares e amigos, ia a Paris para assistir a premiação. Consta, porém, que Florentino teria sido avisado por um dirigente da Emirates, patrocinadora máster do Manchester City, que a Bola de Ouro já estava sendo direcionada a Rodri. O mesmo dirigente teria dito que o esloveno Aleksander Čeferin, presidente da UEFA, já havia preparado a cerimônia com o intuito de humilhar, publicamente, a Florentino, ao Real e, por tabela, a Vini Jr., a quem a Nike faria questão de honrar (e isso que são milhões de euros em jogo, hein!)
Como se não bastasse, o jornal L'Équipe, que fazia a transmissão do evento, orquestrava, sem pudor algum, a defenestração de Vinícius ao vivo, mostrando memes (se é que se pode chamar este ato racista de meme) embaraçosos do jogador.
Ainda por cima, o perfil da Bola de Ouro no Instagram sequer sabia quem era Rodri. Tamanha empolgação por ter enlameado o evento, acabou confundindo Rodri com Rubén Dias, zagueiro português do... óbvio, Manchester City.
Pra não dar na vista que era (sem sombra de dúvidas) uma cerimônia racista, vide que Vinícius fora escanteado do posto máximo do ranking da Bola de Ouro, quem deu a premiação a Rodri foi ninguém mais, ninguém menos que o liberiano George Weah, a estrela máxima da Libéria que, de ídolo do Milan, virou presidente do país um tempo atrás.
E a cereja no topo do bolo de bosta foi o discurso de Rodri: "Uma vitória do futebol espanhol". Ou seja, uma vitória do racismo feito nas arquibancadas pelos vagabundos disfarçados de torcedores do Valencia, do Atlético de Madrid, etc... Pois bem: Seedorf, que vaticinou (e acertou) que Ganso não iria dar certo na Europa, admitiu que, há um ano, vota no Vini e afirmou, categoricamente e com todas as letras, que o evento foi, como se viu, uma vergonha.
Fez bem o dirigente da Emirates ter ligado a Florentino Pérez para avisar do plano urdido pelo tal do Čeferin. Fez bem Florentino Pérez não liberar a delegação do Real Madrid para passar vergonha em Paris. Fez bem Carlo Ancelotti, laureado como melhor técnico da temporada a contragosto da UEFA, em dedicar o prêmio a Vinícius e a Carvajal que, diga-se, foi um jogador espanhol muito melhor que Rodri na temporada. Fez bem Vinícius Junior em se posicionar como sempre faz, lutando por um mérito seu. E não se surpreendam se, por acaso, a ideia da Superliga voltar a ser debatida. Afinal, Real Madrid e Emirates declararam nova guerra à UEFA com a premiação de hoje.
Deixo-vos uma profunda reflexão sobre voto: se vocês acham que brasileiro não sabe votar, verifiquem quem votou em Rodri para Bola de Ouro em 2024.