Felipe Neto: a política lhe subiu à cabeça

Felipe Neto discorda da premiação Brasileiros do Ano da revista ISTOÉ

Como todo ano, a ISTOÉ escolhe os brasileiros do ano. Entre os premiados estão o procurador lava-jatista Deltan Dallagnol (escolha finalmente acertada), o governador de São Paulo João Doria Jr. (pisada feia no tomate) e Felipe Neto, um dos youtubers mais influentes do país.

Este último, porém, não quis ficar na mesma posição de Dallagnol, argumentando o seguinte: "Não dá mais pra bater palma pra falta de representatividade do que é o Brasil de fato". É, Felipe Neto, você tem toda razão. Conseguir ser o youtuber mais popular e ao mesmo tempo o mais chato da nação é pra poucos mesmo. E essa sua frase diz tudo, tanto que faço minhas as suas palavras: Não dá mais pra bater palma pra falta de representatividade do que é o Brasil de fato. 

Por exemplo: a Time desprezou Bolsonaro (certo), mas escolheu para representar nosso país um certo Pabllo (errado). Lula foi preso por provas contundentes (certo), mas o STF que devia nos representar caneteou firme na lei e libertou ele e mais um bando de criminosos (errado). Gugu fez história na televisão brasileira (certo), mas a imprensa consegue explorar a morte dele e fazê-lo um novo objeto de adoração ao ponto de quererem canonizá-lo como fizeram com Irmã Dulce (errado).

A sua recusa à premiação da ISTOÉ, Felipe, pode acabar lhe custando a popularidade. Afinal de contas, se você é um youtuber influente e sabe muito bem disso, por que vetar seu nome na lista dos Brasileiros do Ano? Por causa de posição política? Ah, deixa de ser cagão, piá de prédio! Tem gente fazendo de tudo pra chegar no patamar que você está. E eu sou um deles.

Você tem mais de 35 milhões de seguidores, quase 3 bilhões de visualizações no canal e vai ficar emburrado igual uma criancinha de 5 anos? Pelo amor de Deus, se te chamaram pra ser um dos Brasileiros do Ano, aceite, rapaz. Faça isso pra não perder a dignidade e nem os seguidores que te colocaram onde você está agora.

Mas, se você não quer, mais uma vez faço minhas as suas palavras: espero que a ISTOÉ use esse erro colossal para melhorar e evoluir. E coloquem o Whindersson no seu lugar, pra você aprender com o seu erro. Se eu fosse você, não recusaria um prêmio desses por coisas banais, tipo ser da esquerda ou da direita. Foda-se a política. Eu ia é gostar de ganhar.

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