#BolsoLixo e #LulaLixo

Entenda as hashtags lendo o artigo abaixo!

Há alguns dias atrás, uma de minhas musas inspiradoras favoritas, a saber, Ariana Grande (ai, ai, ai *), disse o seguinte: "Tive um namorado que me disse que nunca teria sucesso, nunca seria indicado ao Grammy, nunca teria um sucesso e esperava que fracassasse. Eu disse a ele um dia, quando não estivermos juntos, você não poderá pedir uma xícara de café na p* da lanchonete sem ouvir ou me ver". Hoje, o dito cujo (que não se sabe qual dos ex é) não pode nem pisar no Starbucks que já escuta "Thank U, Next" (só quem é fã pra entender).

Não mal comparando, a mesma coisa que o ex disse à Ariana foi falado à TV Globo do Rio de Janeiro depois de poucos dias no ar. E vejam só onde estão agora. A inveja de muitos é a velocidade do sucesso global. E é basicamente a inveja que resume o ranço dos Bolsonaro (e de Lula) pela Globo. A mãe que me desculpe por voltar a usar esta palavra, mas há um vagabundo na Presidência da República que não sabe o poderio bélico que tem a história da Globo. E olha que de Palácio do Planalto a Globo entende, até mais do que o próprio Jair.


A Globo completou, duas semanas atrás, 55 anos. E esta história sempre foi entremeada com vários aspectos políticos. Se Bolsonaro acha que o histórico de atleta dele faz frente ao COVID-19, é porque não conhece a história pregressa daquela que os gados (tanto o de Jair quanto o de Lula) consideram um lixo.

No ano de fundação da Globo, 1965, os militares que o "Excelentíssimo" tanto bajula foram praticamente responsáveis por incensar a Globo a níveis elevados de audiência, vide que eles nunca foram com a cara da Excelsior, emissora que foi extinta em 1970 e da qual a dupla Boni e Walter Clark copiaram as estratégias de programação que ficaram conhecidas a nível de Brasil como Padrão Globo de QualidadeÉ bom frisar que Roberto Marinho era um simpatizante da "revolução".

Aliás, a palavra "revolução" me faz abrir o primeiro parêntese deste artigo. Que nomezinho bonito pra taxar um golpe, não? Revolução. Foi assim em 1917, quando os comunistas tomaram o poder na falida União Soviética. Chamaram de Revolução Russa.

Voltando à Globo: Roberto Marinho, editor-chefe do jornal O Globo (o qual Bolsonaro colocou no seu hall de inimigos), se declarou abertamente um apoiador do regime militar no ano de 1964. É certo que, com o passar do tempo, a Globo sofreu pra caramba com a censura de alguns de seus programas. Mas daí a dizer que o canal mudou sua posição política? Jamais.

Um exemplo mais claro: em 1989, a Globo editou, a mando de Boni (que confessou o crime e se arrependeu do feito, creio eu), o último debate da eleição daquele ano, entre Collor e Lula. E naquela época, Regina Duarte (que vem destruindo demais sua trajetória pré-secretaria da Cultura) era apoiadora do PT. É certo que pegou ranço depois, mas a Globo não mudou sua posição política de 1964 para 1989.

Tanto é assim que não havia internet facilitada como se tem hoje. Se tivesse, talvez o gado da esquerda começasse a subir a #GloboLixo ali, vide que a edição do debate que criou polêmica foi a exibida no Jornal Nacional, que tinha em torno de 60 pontos de audiência, ou seja, praticamente o dobro do que tem hoje. A edição mostrava "os melhores momentos de Collor e os piores momentos de Lula". Foi essa edição que fez com que Lula começasse a cair em descrédito aí, conseguindo a presidência apenas 13 anos depois (coincidência, não?).

E aliás, a Globo desde sempre meteu o cacete na esquerda e, por isso, o ranço dos mesmos. Apesar de alguns funcionários da casa se posicionarem a favor do comunismo desde que a Globo foi inaugurada, Roberto Marinho jamais tratou desses assuntos fora dos estúdios. Aliás, Bolsonaro, Marinho morreu há 17 anos atrás. E Vossa Excelência quer ressuscitá-lo para garantir uma vaga no STF? Não, Excelência, chega de funcionários-fantasmas.

A propósito, eu sei que o brasileiro tem memória curta e, obviamente, Vossa Excelência também. Sabe quem foi que apoiou Lula e Dilma? A Record, sua maior apoiadora agora. É! Eu disse isso aqui em alguns artigos passados, mas Vossa Excelência por certo não se lembra. Tanto é assim que a primeira emissora que entrevistou Lula depois de eleito foi a Record.

E entre 2005 e 2017 a Record se calou perante os vários atos contra o PT, orquestrados por muitas cabeças de gado que acreditaram que Vossa Excelência tivesse algum juízo na cabeça. O SBT, por sua vez, sempre foi contra o PT. Isso era visto. Mas a Globo ser contra a direita isso eu nunca vi. Aliás, a guerra de Vossa Excelência contra a Globo começou quando Edir Macedo declarou abertamente que lhe apoiaria na eleição de 2018.

Isso, para a Globo, soa como uma traição aos próprios ideais, vide que Macedo já briga com a Globo desde novembro de 1989, quando comprou a Record. Ou seja, se a Globo declarasse te apoiar abertamente antes de Macedo, talvez não acontecesse tudo isso. E pior: até faria alguma manobra para que Vossa Excelência ganhasse com folga a nível nacional, como fez com Collor em 89.

Mas Edir decidiu se posicionar primeiro, sendo acompanhados por Silvio Santos, Luciano Hang, Marcelo de Carvalho e tantos outros imbecis. E a Globo, vendo que não tinha outra alternativa a não ser apoiar Lula, que estava na cadeia (mas estava sendo representado por Fernando Haddad aqui fora), começou a lhe achincalhar, obviamente em parceria com seus mancomunados, os quais Vossa Excelência também declarou como inimigos.

Ou seja, Vossa Excelência não negou o apoio de quem já apoiou Lula e jamais se arrependeu do feito, muito pelo contrário, aliás. Se Lula tivesse saído da cadeia a tempo de disputar as eleições contra Vossa Excelência, Edir teria apoiado Lula sem dúvida nenhuma.

Aliás, eu não puxo o saco dos políticos. Não mesmo! Embora eu siga alguns no Twitter, não quer dizer que eu tenha que concordar com tudo o que falam. Eles estão lá porque nós os colocamos lá, e por isso me acho no dever de cobrar pelas promessas que fazem. Por isso, e pela união da nossa nação, eu sou contra todos aqueles que se atreveram a dividir o nosso país e colocaram a culpa na única emissora que agora é contra tudo e todos os que impedem o progresso do Brasil.

Viva a Globo, tchê!

Comentários

  1. Quanta falta de caráter do presidente, viu? O que o abuso de poder não faz para uma pessoa corromper com seus princípios éticos? Como pode a internet, as redes sociais e as mídias digitais transformarem um deputado de comportamento irresponsável em chefe da nação? O povo brasileiro tem sim ranço de maldade e no fundo deseja que a única pessoa no mundo que seja digno de ser contaminado pelo COVID-19 e ser morto provando do próprio veneno seja o JB (e o Luiz Inácio, por tabela, doido por uma manifestação na Paulista que apoie sua "inocência", vem aí o julgamento do último recurso). O 26 de abril (aniversário da Globo) vem sendo ignorando e até me esqueci da tal data, hoje as redes sociais fazem do 19 de agosto (aniversário do SBT) e do 12 de dezembro (aniversário de Silvio Santos) verdadeiros feriados nacionais. Se a Globo sempre foi contra a esquerda, agora ela se vê "obrigada" a se converter para o lado vermelho (por motivos óbvios, a gente nota pelo "comportamento" de seus atuais profissionais) já que a própria comprou briga com o dito cujo e pegou ranço de tanto ser taxada de "Globolixo" (e os Bolsominions endossam tudo, coisa escrota). E se hoje a Regina Duarte consome droga pesada (será que ela fuma crack e cheira heroína para agir daquele jeito?) para ser macaca bolsonarista, é que no tempo do Collor quem desempenhava o papel dela era a Cláudia Raia, parecia presidente do fã-clube Collorido desde a campanha presidencial até custar em acreditar, como ela mesma declarou na Revista Isto É, nas denúncias contra ele. Daqui a pouco, o "Jairzinho Furacão" (desculpe essa infame apelido futebolístico) vai dividir ainda mais um Brasil já rachado ao meio e metendo o bedelho no último julgamento do Lula ele dirá "Quem não estiver do nosso lado, estará automaticamente do lado do golpe, estará do lado da esquerda fraudulenta e fracassada deste país".

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  2. Resumo da ópera: só Jesus mesmo na causa.

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