10 PORQUÊS: A Argentina mereceu ganhar?

¡Mis saludos a los hermanos argentinos! Messi ha merecido esta Copa América más que Neymar


A resposta da pergunta que dá nome a este artigo é óbvia: sim, mereceu. Primeiro, porque esta edição imbecil da Copa América não deveria nem acontecer. Aliás, se o futebol brasileiro (ou a nível mundial) não tivesse retomado suas atividades em junho/julho de 2020 e sim voltado somente quando 100% da população estivesse com a vacinação em dia, não teríamos essa celeuma.

Segundo, porque prevaleceu a hipocrisia em vista disso. O povo que criticou a realização do certame no epicentro da pandemia é o mesmo que faz questão de, às escondidas, tirar a máscara e aglomerar até dentro da própria casa. Isso explica porque o convite para muitas festas clandestinas deixa explícito o seguinte aviso: "não traga celular". Até por isso, fica mais fácil para muitos manterem a pose ridícula de pedir para ficar em casa.

Terceiro, porque a Copa América 2021 não passou de um campeonato político. O Jair anda tão confiante, achando que vai se reeleger ano que vem, quando na verdade é o rabo dele que está na reta. A CPI tá chegando nele e nos filhos, e não demora muito para que Deus faça Sua vontade prevalecer e cassar o mandato do Excelentíssimo Genocida da República Federativa do Brasil.

Quarto, porque o Brasil, por tudo o que tem apresentado ao longo dos anos, não merece ganhar o hexacampeonato mundial enquanto tivermos Tite como treinador e Neymar como única referência de craque. Muitos consideram o ouro olímpico como o maior título que a seleção brasileira masculina já ganhou em sua existência. Eu não. Tite e Neymar perderam duas chances de ganhar a confiança do torcedor crítico da Seleção em 2014 e 2018. O ouro olímpico é, sim, importantíssimo, mas não para a Seleção Brasileira de Futebol Masculino.

Quinto, porque Lionel Messi resolveu se vingar de 2019. Há dois anos atrás, quando a Copa América também foi no Brasil e a máfia bolsonarista só começava seu reinado de terror, Messi foi enfático após sua expulsão contra o Chile, na decisão do 3º lugar: a Copa América foi armada pro Brasil ganhar. É público e notório que a armação não se confirmou em 2019, mas que foi armado pro Brasil ganhar também em 2021, foi. O que Jair, Flávio, Eduardo e Carluxo não esperavam é que Di María, com um golaço de cobertura, sambasse com sandálias de gladiador na fuça dos quatro.

Sexto, porque a atuação de Messi no torneio o tornou um gênio de mais importância que o falecido Maradona, que não pode ser considerado um semideus devido às polêmicas dentro das 4 linhas e pela sua carreira extracampo. O gol de mão em 1986 no México, do qual ele jamais se arrependeu até sua morte, não é motivo plausível para odiá-lo. Jô teve o mesmo procedimento pelo Corinthians em 2017, mas só foi duramente criticado de fato pelo Craque Neto, o zé-ruela que, segundo Biro-Biro, jamais será pé-de-rato.

Sétimo, porque o futebol brasileiro demonstrou sua fragilidade mais uma vez. Embora o plantel de prata de 2021 contasse com Gabigol e Léo Ortiz, por exemplo, as vitórias enganadoras sobre Venezuela e Peru na 1ª fase só provaram o quanto Tite sempre esteve obstinado em criar uma família dentro da CBF. Já estamos carecas de saber (e digo por experiência própria) que Alisson, Thiago Silva, Casemiro, Fred, Gabriel Jesus, Neymar, Vinícius Júnior e Roberto Firmino são filhos adotivos do treinador.

Oitavo, porque os jogadores acima citados não vão engrenar na seleção (e principalmente o Thiago Silva, que já está mais gasto que pneu careca) enquanto a faixa de capitão estiver nas mãos do menino birrento de 30 anos. Aliás, se o capitão fosse alguém que tivesse a coragem que teve o Dunga em 1994, quando o Brasil foi tetra, de ter cortado as farrinhas e embargado as viagens de familiares pra focar no título mundial, teríamos ganho o hexa já em 2014, e não termos que conviver 24 horas por dia com o monstro do 7x1.

Nono, porque se o Brasil tivesse levantado o decacampeonato da Copa América, naturalmente o Jair teria mais um caminho aberto para seguir pavimentando seu falso populismo, com o reles intuito de alimentar o ego e a esperança de ser reeleito em 2022, o que já se sabe que não vai acontecer, dado o fato de que a esquerda só cresceu porque o Jair quer assim.

Décimo (e não menos importante), porque a Copa América jamais foi um torneio relevante. Aliás, minto: já foi relevante entre 1992 e 2017, quando existia a Copa das Confederações. Com o fim desta, a Copa América se tornou um torneio sem importância, sendo que a única finalidade é fazer crescer o bolso das seleções que a disputam.

Enfim, 10 bons porquês para convencer o leitor a entender que a Copa América só tem relevância para a política, tanto da Conmebol quanto a brasileira. CBF, seja bem-vinda ao auge do fracasso.