Êia, calma boi!

A extrema-burrice dos gados

Falemos sobre um assunto que ainda está em voga: o politicamente correto do LGBTQIA+Ora, a extrema-esquerda politizando até o que não devia?! Isso já não me surpreende mais.

Pois essa nova modalidade do maldito politicamente correto foi lançada quando, em entrevista a Pedro Bial, o governador gaúcho Eduardo Leite, do PSDB (que não pode ser considerado um partido de terceira via, é bom deixar claro), assumiu abertamente que (nas próprias palavras do Eduardo) não é um gay governador, e sim um governador gay.

Pronto! Eis o gatilho para que a patrulha do politicamente correto começasse a balear o jovem Eduardo justamente por ele se assumir LGBTQIA+. Entre os muitos comentários de ataque, surgiram também tweets de quando Eduardo nem governador era.

Tweets esses que foram desenterrados por José de Abreu, que já deveria ter assumido a sua pré-candidatura pelo PT ao governo da Bahia assim que terminou de gravar sua participação em Um Lugar Ao Sol, novela das 9 que está na fila para estrear, possivelmente em setembro (até lá, o comendador já derrubou 10 pontos do horário nobre).

A legenda do post que desenterrou os tweets passados do Eduardo é de fazer qualquer idiota rir e se achar esperto: "Gay da 3ª via é assim? Misógino?". Falou o veterano que aplaudiu Lula quando este, certa feita, citou o infeliz termo "grêlo duro". Então o Lula não é misógino agora?! Ah, tá bom, vá!

Atacar outra pessoa por ter se assumido antes de um ano eleitoral é burrice pura do gado. É o mesmo que dizer que o Excelentíssimo Genocida da República Federativa do Brasil é honesto; é o mesmo que dizer que o Cid Gomes, irmão do Ciro, é calmo e não opera máquinas pesadas.

Num exemplo mais claro: é o mesmo que dizer que o Kim Kataguiri, do MBL (Movimento Brasil Livre), virou comunista só por ter assinado um superimpeachment com PT e PSOL, sendo que o MBL é o movimento que mais tem brigas e discussões com a direita e a esquerda (ao mesmo tempo).

Mas acordar sozinho quem só sabe admirar gente que não vale o voto que ganha nos outubros da vida é uma missão quase impossível. Então, vou fazer um apelo ao pessoal do Sleeping Giants Brasil, a quem acabo de seguir no Instagram: vocês têm uma força gigantesca nas mãos (e nas redes)! Não podemos deixar que Jair, Luiz Inácio e Ciro permaneçam nos primeiros lugares antes de 2022! Vocês já estão fazendo um brilhante trabalho ajudando a desmonetizar o Sikêra Jr. Por que não fazer o mesmo com os três principais misóginos à presidência da República? Tá na mão de vocês!
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É óbvio que não se pode esquecer que o Brasil ainda é o epicentro da pandemia, tendo a consciência de que mais de meio milhão de vidas foram ceifadas pela COVID. Porém, as eleições 2022 não devem ser pautadas somente na pandemia. Há que se levar em conta todo o contexto histórico das eleições diretas desde 1989.

Vejam: Collor e Roberto Jefferson apoiam Bolsonaro; FHC apoia Lula. Ciro poderia orquestrar uma chapa com Lula se ambos não tivessem brigado; a terceira via precisa discutir rapidamente como vai se organizar, desde que não se incluam nessa discussão nomes como Ciro e João Doria; Cabo Daciolo está reorganizando o PRONA do saudoso Enéas e se diz terceira via, embora continue sendo um candidato folclórico no subconsciente do brasileiro.

Nesse contexto, movimentos como o Vem Pra Rua Brasil, o MBL e outros que não apoiam os extremistas deveriam se unir em torno de uma única figura. Sejamos realistas: a união da esquerda (Ciro/Lula/Boulos) e da extrema-direita (Jair e outros) só se dará dentro de uma penitenciária. Libertar o país dos extremistas, dos preconceituosos e dos politicamente corretos não é uma questão social, é uma urgência, principalmente para quem é terrivelmente neutro igual a mim.