O debate sobre extremismo jamais deve morrer
Em sua coluna no portal Ô ANTA! Gonista (desculpem o trocadilho porco, mas não resisti), o jornalista Mario Sabino foi cirúrgico: "(...) As pessoas têm o direito, sim, de ser idiotas. Mas o nazismo não é uma idiotice. É um tumor que a idiotice pode reviver (...)". Concordo, mas é bom frisar, meus amigos, que debater extremismo, seja de que identidade for, não é uma idiotice, e sim uma maneira de jogá-lo fora com argumentos sólidos, convincentes e embasados em fatos, não em ideologias.
Sejamos francos: o nazismo, bem como qualquer forma de extremismo político, deve ser discutido publicamente para ser destruído pública e socialmente. Este espaço, chamado não atoa de Variante (que não tem nada a ver com a COVID, frise-se), que varia conforme as decisões tomadas pelo comandante que estiver pilotando o barco Brasil, tem uma posição clara e definitiva: liberdade de expressão não é marionete de ideologia.
Dada esta introdução demasiado longa, recorremos aos fatos: o Flow Podcast, dono da maior rede de podcasts do país (portanto, os demais podcasts não devem ser colocados no mesmo balaio que a nave-mãe) e ancorado pelo Igor 3k (da nação rubro-negra igual a mim) e pelo Monark (que alega que só discute quando está sóbrio, o que se comprovou que não é verdade) recebeu na noite de ontem dois deputados de extrema relevância para o debate público no país, o samurai Kim Kataguiri, do MBL, e a mulher-maravilha Tabata Amaral, da ala mais relax da esquerda.
A certa altura da conversa, Monark defendeu a criação de um partido nazista, o que eu acho um escárnio completo. Assim como também acho um escárnio completo o espaço que as grandes mídias, lideradas pelos veículos do Grupo Globo, dá a psicopatas comunistas como Mauro Iasi, que disse que "com gente de direita ou conservadora não tem conversa, é chumbo", e Jones Manuel, que já foi afagado por Caetano e foi taxativo ao dizer que "tem que puxar os ministros do STF pelo cabelo" e "cuspir na cara de político".
Foi quando Tabata citou o terrível Holocausto, que acabou com a vida de milhões de judeus e, não mal comparando, foi um genocídio 60 vezes maior que o já cometido pelos extremistas da direita capitaneados por Jair Bolsonaro. E o movimento bolsonarista também acho um escárnio completo. E Monark veio com o mesmo argumento batido de sempre: "O nazismo não necessariamente incita à violência. Não temos direito de ser idiotas?" Idiota sim, ignorante não. A ignorância hoje é confundida com a arrogância, mas ser ignorante no fato de esquecer-se de leve que vidas foram perdidas por causa de um ditador sanguinário é pedir pra levar com porrete de espinho.
Acho bom trocarmos o apelido do Monark por ostra. Toda vez que abre a boca sai uma pérola diferente. E pérola suja de lodo, neste caso.
Tabata, em outro ponto da conversa, perguntou a Kim se ele achava um erro a Alemanha ter criminalizado o racismo. "Acho", respondeu o samurai: "O que eu defendo é que, por mais absurdo, idiota, antidemocrático, bizarro, tosco que seja o que o sujeito defenda, isso não deve ser crime. Por quê? Porque a melhor maneira de você reprimir uma ideia antidemocrática, tosca, bizarra, discriminatória é você dando luz àquela ideia, para que aquela ideia seja rechaçada socialmente e, então, seja socialmente rejeitada." Traduzindo: o extremismo político deve ser discutido publicamente para ser destruído pública e socialmente. Foi isso o que o deputado quis dizer.
E há um detalhe que não pode ser deixado de lado: todos no podcast estavam bêbados. Debate sobre assuntos sérios como este não podem em hipótese alguma se transformar em mesa de bar. O after day, ou seja, 08 de fevereiro, foi o dia das explicações. Monark tentava se explicar pondo a culpa na bebida (o que pra ele não cola, pois não foi só a bebida que fez efeito), enquanto o Flow perdia mais quatro patrocinadores por sua causa e era criticado com total razão pelas comunidades judaicas por defender a criação de um partido nazista.
Já o deputado alegou que sua fala foi distorcida pelos extremistas: "(...) Irônico é ver quem normaliza os genocídios cometidos pelo comunismo falarem em direitos humanos. Essa gente não tem compromisso com direitos individuais, tem compromisso com o próprio projeto de poder". Porém, se vocês se derem o simples trabalho de pesquisar, vão dar razão a Kim ao ver que o trecho descrito acima da edição de ontem do Flow foi deturpado pelos petistas, que atrelaram a imagem do nazismo ao samurai.
A deturpação se dá depois da violação do Artigo 208 do Código Penal, que prevê detenção de um mês a um ano para quem "(...) escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso (...)". Quem violou o 208? Um bando de pelegos do PT e do Partido Comunista Brasileiro (PCB), sendo este último curiosamente, o partido do Iasi e do Jones Manuel já citados acima.
O vereador Renato Freitas, junto com uma cambada de vagabundos que praticamente não tem nada o que fazer a não ser invadir territórios alegando "fazer justiça" e cobrar "dívidas históricas", invadiu uma igreja de Curitiba, onde é vereador, e defendeu uma série incrível de argumentos completamente estapafúrdios. Culpou os católicos que estavam ali pela eleição do genocida e pelas tristes mortes de Durval Teófilo Filho, morto por um sargento da Marinha, e do congolês Moïse Mugenyi, brutalmente espancado até a morte por cobrar uma simples dívida.
Primeiro: uma burrice sem tamanho partida da boca de um extremista não devia, em hipótese alguma, ser motivo de irritação por parte de outro extremista, no caso, Jair Bolsonaro. O genocida mandou abrir, através do incipiente Eduardo, investigação contra o caso. Mas devemos lembrar que o 7 de setembro de 2021 também foi um crime: foi incitação a um golpe que não aconteceu pelo fato do genocida ser corno e arregão.
Segundo, o vereador meteu essa: "Vídeos sem contexto e informações falsas estão sendo divulgadas a respeito de ato contra o racismo, a xenofobia e pela valorização da vida, do qual participamos no sábado". Vídeos sem contexto? Informações falsas? Valorização da vida?! Não foi você que postou o vídeo? Não foram movimentos sociais, que se dizem contra racismo e xenofobia, que postaram o vídeo?
E ainda dizem os portais como o Plural que "foi um ato pacífico". Pacífico mesmo é só o personagem do saudoso Ronald Golias e olhe lá. A missa não estava acabando. Segundo fontes, o padre e os demais fieis que estavam na igreja ficaram estarrecidos e, sem saída, ficaram lá ouvindo merdas saídas das bocas imundas de gente que luta mais pela ideologia do que pelas vidas perdidas.
E não são informações falsas bosta nenhuma, Renato, você simplesmente culpou os católicos pela eleição do genocida (sendo que os maiores responsáveis pela ascensão do Jair são fariseus hipócritas que macularam o cristianismo e defenestraram os verdadeiros evangélicos) e pelas mortes de Durval Teófilo Filho e Moïse Mugenyi! Contra fatos e imagens não há argumentos. Com Deus não se brinca, e a justiça dele vai te fazer perder o mandato e te levar à detenção prevista no 208. O sangue do Senhor Jesus Cristo derruba qualquer macumba.
Terceiro: vocês da esquerda calaram a boca quando Tatiana Reis, mulher preta, foi morta por um adolescente de 15 anos. E se calaram por ela ser da Polícia. E continuam calados (ou até aplaudindo a lacração) em relação à uma academia elitista, que não abre em favelas, quando esta disse claramente que todo branco é racista só por existir. E se calam cada vez que o "Lulinha Paz e Amor", pai de vocês, deixa explícito que todos nós (e vocês também) perderemos a liberdade de falar, pensar ou agir como quisermos quando promete a regulação das mídias e das redes sociais. É desse jeito que vocês defendem o trabalhador brasileiro?!
Não vou passar pano pro Monark, até porque jamais tive simpatia pelo sujeito (e foi merecidamente expulso dos Estúdios Flow hoje). Também não vou dizer que a Tabata estava errada, porque seria uma mentira completa, pois a nobre deputada de fato não estava. Mas revendo a fala do Kim e todos os vídeos postados do momento, esta sim foi realmente distorcida. E distorcida por muitos portais esquerdistas que, tentando dizer que o deputado é nazista, simplesmente querem que seus visitantes ignorem que, no seu próprio espectro de esquerda, há extremistas piores que Mohammad Bin Salman e Kim Jong-un juntos.