Arbitragem brasileira precisa de correção imediata… mas quem deve aplicá-la?
Desde praticamente o início do Brasileirão desse ano, o que mais se vê e ouve são reclamações em relação à arbitragem brasileira. E não é difícil encontrar pelos Twitters e Instagrams da vida um ou outro perfil descendo a lenha no juiz de alguma partida da Série A. A celeuma mais recente é a da partida entre Flamengo x Palmeiras, cuja peleja terminou com resultado favorável ao rubro-negro: 3x1. O árbitro foi o Sr. Wilton Pereira Sampaio, figura que, pelo menos nesse ano, poucas vezes ganhou algum tipo de suspensão ou foi rebaixado para arbitrar partidas das Séries C ou D.
Ele não marcou quase nenhuma falta que fosse originada em empurrões. Destes destaco dois: o de Jorginho, volante flamenguista, em Gustavo Gómez, zagueiro e capitão palmeirense (e que foi pênalti claro, na minha visão, embora eu seja urubu), e o do próprio Gómez em Arrascaeta minutos depois. No lance do pênalti que originou o segundo gol do Flamengo, houve um encontrão (desnecessário até) de Pedro em Bruno Fuchs, zagueiro alviverde. Este perdeu o timing e acabou pisando no pé do centroavante rubro-negro dentro da área. Pênalti tão claro quanto o empurrão de Jorginho em Gómez.
Agora, que a arbitragem de Wilton Pereira Sampaio foi a pior que já vi em toda minha vida, ah, isto foi. É comparável, a nível de péssima arbitragem, com as atuações de José Roberto Wright nos dois Flamengo x Atlético-MG da Libertadores de 1981 (a qual o Flamengo viria a conquistar), de Graham Poll em Austrália x Croácia na Copa 2006 (onde Emerton levou três cartões amarelos e só depois foi expulso) e de Márcio Rezende de Freitas naquele Internacional x Corinthians que praticamente definiu o Brasileirão de 2005.
E ainda tem gente que defende “Escola Para Árbitros” aqui no Brasil. Mas não ia dar certo! Só a primeira turma já teria, além de Wilton, nomes como Rafael Klaus, Rafael Rodrigo Klein, Bruno Arleu de Araújo, Anderson Daronco, Edina Pereira da Silva, Ramón Abatti Abel… na boa, nem o Pierluigi Collina, que como presidente da IFAB foi o maior árbitro que o futebol já teve, teria paciência pra educar os citados. O Daronco mesmo seria obrigatoriamente da Turma do Fundão (sim, porque, se ele sentasse numa cadeira da frente iria tampar a visão de uns três, no mínimo).
Eu acho, e isto tenderia a dar certo, que, assim como já tivemos bons exemplos de jogadores e técnicos estrangeiros que agregaram qualidade ao futebol (vide o próprio Abel Ferreira, há cinco anos no comando da III Academia do Palestra), deveríamos importar árbitros. Sim, é isso mesmo que você leu. Trazer árbitros de fora pra apitar jogos aqui. E daí que não entenderiam o idioma deles? Tem jogador que ninguém entende o que ele fala, ainda que fale português fluentemente, e mesmo assim faz sucesso (vide o ponta rubro-negro Bruno Henrique, quando disse: “O Flamengo tem… diversas… páginas de Instagram”)!
Afinal de contas, o que de mal teria em trazer árbitros estrangeiros para os jogos do Campeonato Brasileiro? Encostar essa turma que está aí na parede seria a primeira providência. É preciso limpar, varrer o que não presta, descartar o que não funciona e tirar emblemas FIFA, CONMEBOL e CBF de quem presta um serviço porco na arbitragem. Principalmente se o termo “serviço porco” for empregado quando a arbitragem corre a favor dos palmeirenses.
Afinal, para desespero dos rivais, Filipe Luís, técnico do Flamengo, tem razão: o time que menos tem a reclamar da arbitragem é o Palmeiras! O clube alviverde é o segundo clube com mais pênaltis a seu favor (14), ficando atrás apenas do Internacional (23, ranking do GE), e o 5º mais ajudado pelo VAR (7 decisões a favor), com o Internacional também sendo líder deste ranking (15 decisões a favor, ranking da ESPN), sendo inclusive um dos clubes que menos levaram cartões vermelhos no campeonato (os primeiros dois foram justamente após o jogo contra o Flamengo, para Piquerez e o auxiliar-técnico João Martins) e o antepenúltimo no que se refere a cartões amarelos (55; o Corinthians levou 87, segundo ranking também da ESPN).
Portanto, que fique isto bem claro: se acaso o Flamengo for declarado campeão brasileiro e dona Leila vier com papinho de roubo, desejo que todos esfreguem na cara dela as declarações que ela própria proferiu contra John Textor em 2023, quando o Botafogo pipocou e o Palmeiras levou a taça.
