2021, o ano em que vivemos enlutados

Um balanço daquele que pode ter sido o pior ano de nossas vidas

Este é o 100º artigo que escrevo para o Variante. Poderia ser motivo de orgulho pra mim, se não fosse por um triste e assombroso detalhe: parece que ainda estamos em 2021, ano no qual, para nossa profunda tristeza, a morte resolveu trabalhar como nunca. Trabalhou mais até do que muito deputado vivo, diga-se de passagem. Neste ano, vimos o luto em seus diversos aspectos, não apenas na forma mais comum, a de perdermos pessoas que amamos, mas também em outros aspectos.

Em 6 de janeiro, vimos o luto da sanidade mental de muitos americanos. Principalmente os que fizeram questão de invadir o Capitólio alegando fraude nas eleições que rebocaram Donald Trump da Casa Branca e tentando, em vão, adiar a mudança de Joe Biden pra lá. Aqui, tempos depois, tentaram fazer a mesma coisa. A diferença entre uma invasão e uma tentativa de invasão ao STF e ao Congresso (à noite, frise-se) é que, aqui, ninguém foi preso.
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Nº de mortos pela COVID no Brasil224.504, incluindo Genival Lacerda, cantor e compositor que tantas alegrias nos deu com sucessos como "De Quem é Esse Jegue?" e "Severina Xique-Xique".

No mês seguinte, passamos pelo luto da vergonha na cara no Congresso. Rodrigo Pacheco ganhou o Senado, fazendo da presidência dali um trampolim para o que se pode anunciar como sua pré-candidatura pela União Brasil 44. Já na Câmara nem é preciso dizer quem ganhou, pois o dito cujo aparece mais que Pacheco e sempre pra nos fazer lembrar que nossos bolsos estão mortos desde que Dilma se reelegeu. No mesmo mês, o gângster Daniel Silveira foi preso. Para alegria do gado, foi solto recentemente.
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Nº de mortos pela COVID no Brasil: 254.942

Em 8 de março, começava o luto da justiça acontecendo no STF. Edson Fachin, que não chega sequer aos pés do falecido Teori Zawascki, mandou anular as condenações provadas e comprovadas de Luiz Inácio Lula da Silva, teúda e manteúda de Jair Bolsonaro. Ora, já que um não vive sem o outro, nada mais justo. No 23 do mesmo mês, o mesmo STF ampliou o luto da justiça ao confirmar a parcialidade (inexistente, óbvio) do julgamento de Sérgio Moro em relação ao tríplex do Guarujá e do sítio de Atibaia.

E uma semana depois, Jair ainda estava tão excitado com a ideia de dar um golpe de estado que mandou os três chefes das Forças Armadas irem pastar. Saudações a Pujol, Moretti e Barbosa Júnior, que não baixaram a cabeça pros devaneios desse vagabundo, ladrão e quadrilheiro.
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Nº de mortos pela COVID no Brasil: 321.515

Chegamos em abril, onde se iniciou o luto temporário da teledramaturgia roteirizada. Sim, porque enquanto o SBT não reabria seus estúdios pra gravar, a Globo terminava de gravar a falida Nos Tempos do Imperador e a Record continuava sua sanha de catequizar o povo com a filosofia de seus donos ao deturpar as Sagradas Escrituras no roteiro de Gênesis, o BBB 2021 estava no auge e, em 13 de abril, a CPI da COVID foi instaurada. Esqueçam Caio Castro, Gianecchini e tantos outros.

Nesta novela que terminou em outubro, indiciando o grande vilão da história, Jair Bolsonaro, e mais uma cambada de negacionistas e quadrilheiros, os protagonistas foram Omar Aziz, ex-governador do Amazonas, Randolfe Rodrigues, ex-PSOL e hoje na Rede (engana-se quem disse deitado na Rede, Rede é o nome do partido), e o ladrão de meia-tigela Renan Calheiros. Corruptos indiciando corruptos, quem diria.

Ah, e o luto da justiça iniciado em março se estendeu em abril, quando Wilson Witzel, então governador do Rio, foi cassado por "irregularidades na contratação dos hospitais de campanha para o combate à COVID". A máquina bolsonarista fazendo mais um algoz: "Ah, não me apoia mais, é? Então toma!"
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Nº de mortos pela COVID no Brasil: 403.781, incluindo o grande cantor Agnaldo Timóteo (que também foi político por um bom tempo).

Em maio, o imparável luto nas artes. Sim, imparável porque já vinha trabalhando em carga tripla desde janeiro com o único (e péssimo) intuito de fazer fãs ao redor do mundo chorar.

Dia 4, Paulo Gustavo, que fazia um país inteiro rir, foi o primeiro de tantos famosos a fazer o país inteiro chorar. Sim, inteiro, pois haviam poucos os que se surpreenderam e derramaram lágrimas em relação a Genival e Timóteo. E pior: sua partida foi por complicações da COVID. Coincidentemente, no mesmo dia em que um rapaz, que recém havia chegado à maior idade, fazia cinco vítimas (entre elas três crianças) no município de Saudades, SC. As pistas indicam: esse mês seria pautado pelas saudades.

Dia 15, foi a vez da primeira atriz Eva Wilma. A última novela dela, até onde eu me lembro, havia sido O Tempo Não Para, de 2018, onde ela interpretou a Dra. Petra, que trabalhava na clínica de criogenia, tema que melou a trama. No dia seguinte, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, perdia a longa batalha contra um câncer no aparelho digestivo. A sina dos homens da família Covas: sempre que algum deles se reelege pro cargo que ocupa, a morte vem e não os deixa terminar o mandato. Já acontecera com Mário Covas, em 2001, substituído pelo Dr. "picolé de chuchu" Geraldo Alckmin.

No mesmo dia, ou seja, 16, MC Kevin. Conheço as músicas dele? Não. Quero conhecer? Menos ainda. Conheço, sim, a viúva dele, a advogada Deolane Bezerra, que foi atacada até por algumas mulheres aproveitadoras pelo simples fato de se tornar famosa após a trágica morte do marido.

E como se isso não bastasse, a Copa América 2021 deixava de ter sede dupla depois do acesso de sanidade que tiveram Alberto Fernández, presidente argentino e peronista roxo, e Iván Duque, presidente colombiano e discípulo de Eymael e Álvaro Uribe. Pois bem, quem se aproveitou disso? Ele mesmo, o Excelentíssimo Genocida da República Federativa do Brasil, que como o próprio disse, "cagou" para a pandemia e fez o acordo com a CONMEBOL que trouxe o certame de volta ao Brasil, o que se provou um tremendo tiro no pé pro Jair. Quem acompanha esse blog sabe perfeitamente o que aconteceu.
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Nº de mortos pela COVID no Brasil: 462.791

Junho chegou e, com ele, o luto oficial do jornalismo sério. Durante um mês inteiro, não tinha um só órgão de imprensa que não falasse do serial killer Lázaro Barbosa. Programas inteiros, principalmente do SBT e da RecordTV, que sempre procuram qualquer coisa pra tirar o foco do desgoverno do Jair, só falavam nesse bandido que, da noite pro dia, virou famoso. Que gosto estranho o nosso, esse de supervalorizar ou humanizar bandidos e desprezar a saga de herois como a da saudosa professora Keli Adriane Aniecevski, uma das vítimas da chacina de Saudades, já descrita neste artigo. No fim do mês, Lázaro morreu. Como todo e qualquer bandido idiota, o dito cujo trocara tiros com a Polícia e, como todo e qualquer bandido idiota, levou a pior.
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Nº de mortos pela COVID no Brasil518.066

Em julho, o luto da injustiça. Sim, da injustiça porque, no 14 de julho, o espancador conhecido como DJ Ivis foi devidamente preso (sim, espancador, com provas e tudo o mais rolando pela internet). Para nossa tristeza, seria solto três meses depois. Três dias antes, Cuba se revoltava contra o governo comunista, que continua mesmo depois do Raúl Castro ter pulado fora do barco em abril. O porém é que os protestos terminaram em 14 de julho, com 150 presos e uma pessoa morta, que o desgoverno cubano alegou que foi "por culpa da violência dos protestos".
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Nº de mortos pela COVID no Brasil: 556.370

Agosto chegava. Com ele, a esperança em forma de medalha. Claro, as Olimpíadas tinham começado no mês anterior, mas nós entramos "festejando Agosto" (desculpem pelo trocadilho porco, mas...). Afinal, duas pratas e um ouro com a letra "R" grafadas é pra se comemorar. Não que as outras medalhas nos Jogos Olímpicos de Tóquio não sejam, mas, com o perdão dos demais, fiquei muito mais feliz com a Rebeca e a Raissa.

Antes do fim dos jogos, no dia 5, outras duas lendas do esporte anunciavam seus rumos: Valentino Rossi, o maior piloto da MotoGP na minha geração, se aposentou; já Messi, desgostoso do Barcelona, saiu rumo à Paris para reencontrar Neymar. Passada a euforia das Olimpíadas, o luto nas artes continuou. Em questão de 18 horas, os primeiros atores Paulo José e Tarcísio Meira foram se encontrar no outro plano; Paulo por pneumonia e Tarcísio pela COVID.

E o luto da democracia nos sobreveio a 15 de agosto. Quando Joe Biden achou que era uma boa ideia continuar a sandice inventada por Trump de retirar os soldados americanos do Afeganistão, o Talibã voltou ao poder. Ora, a Casa Branca foi ingênua ao acreditar em palavra de terrorista? Se a resposta "sim" não te surpreende, é porque quem não queria o Talibã de volta teve que se arriscar nos voos suicidas. Sim, suicidas, pois as nefastas imagens de pessoas caindo de avião representavam o que aconteceu no 11 de setembro de 2001: pessoas caindo do World Trade Center com o mesmo intuito de não morrer nas mãos dos terroristas. Quem poderia imaginar que a guerra no Afeganistão acabou com a nova ascensão do terrorismo? Funesto, não?

Ah, sim, já ia me esquecendo. Bob Jeff e Flordelis foram presos. Um por ser o corrupto de sempre e a outra carregando nas costas a acusação de assassinato do seu ex-filho e então marido Anderson do Carmo.
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Nº de mortos pela COVID no Brasil580.413

Eis que setembro nos chega com o luto através da lava. O vulcão Cumbre Vieja, de La Palma, nas Canárias espanholas, trouxe medo para o Brasil. Segundo especialistas, uma erupção maior do que a de 19 de setembro seria prejudicial para as costas brasileiras, pois tal erupção provocaria um tsunami que acabaria com o nosso litoral. Mas acho bom aqui eu não ser hipócrita: embora tenha feito orações por todos os moradores, só me preocupei de fato por uma pessoa da cidade, a jovem Tania, uma morena que vi certa feita não me lembro exatamente aonde.

O luto da sanidade mental povoou os gados da direita e da esquerda no 7 de setembro. Enquanto isso, depois de três eleições supostamente democráticas, com protestos violentos por todo lado, deram um golpe na Guiné. Real e oficial, não fake como aqui no Brasil mesmo o gado acreditando que fosse. O país governado há 10 anos por Alpha Condé foi tomado de assalto por... militares. Nada de novo no front, o modus operandi é sempre o mesmo desde que o mundo é mundo: militares se rebelam contra o governo, tomam o país, suspendem a constituição e fecham as fronteiras. O líder do golpe é o coronel Mamady Doumbouya, oriundo da Legião Estrangeira que atuava na França. Vem novo ditador por aí? Sim ou com certeza?
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Nº de mortos pela COVID no Brasil: 596.749

Em outubro, por um dia, 99,4% do mundo sentiu o luto das redes sociais. Os outros 0,5% não tem Facebook, Instagram e Whatsapp, ou porque não querem ou porque o governo proibiu esses aplicativos de existir em seu país. Se você não sabe o que é BGP ou DNS (o que eu acho difícil), fique com o seguinte argumento: a topada que algum estagiário deu nos fios da nave-mãe acabou com o dia de muitos de nós (inclusive o meu) e levou seu chefe, o incipiente Mark Zuckerberg, a perder 4 bilhões de dólares em menos de 24 horas, perdendo o posto de 4º maior rico do mundo para Bill Gates, que já foi líder da lista.

Isso que, um dia antes, havia estourado o escândalo dos Pandora Papers, que respingou aqui no Brasil por causa de quem? Paulo Guedes, o ministro da Economia que não economiza em ser arrogante, pão-duro e imbecil. Imbecil porque offshore fora do país é tão clichê quanto o mensalão do Jair disfarçado de orçamento secreto.

No dia 6, PSL e DEM fizeram o que todo mundo já sabia: anunciaram a criação da União Brasil, que deixou dois putos: o Mandetta e o Datena. O Mandetta porque a pré-candidatura dele ao Planalto vai de vez por água abaixo (ele e a Simone Tebet vão acabar indo pro 2º turno na eleição do ano que vem, mas pro Governo de Mato Grosso do Sul), e o Datena porque... é o Datena. Se ele quisesse realmente se candidatar ao Planalto, teria que se submeter às eleições internas. Foi pro PSD, do Kassab.

E no mesmo mês, a Federação Tocantinense de Futebol, que só não é mais confusa por falta de vitaminas, anunciou o seu intermináááável campeonato estadual para... dezembro! Se trocássemos o primeiro "F" da sigla da federação por "S", não faria diferença.
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Nº de mortos pela COVID no Brasil607.824

Já íamos esquecendo que 2021 ainda não havia acabado quando novembro começou horrível. Até pelo motivo a seguir, não fiz postagem nenhuma falando a respeito de Marília Mendonça. Foi um choque tremendo para todos nós, que tínhamos nossas vidas e projetos pra tocar em frente, mas tivemos que esquecer por um momento da gente e pensar no pequeno Leo, de 2 anos, e nas famílias de Silveira Neto, tio da moça, do produtor Rick Bahia (esse era o nome artístico dele), do piloto e do copiloto, que não vou dar os nomes aqui.

Aliás, o sertanejo universitário estava começando a decair depois dos R$ 50, quando em 2017, ela veio renovar o ambiente, com "Infiel", "Eu Sei de Cor" e tantos outros sucessos. O mais recente sucesso estrondoso de Marília, "Todo Mundo Vai Sofrer", pareceu-me premonitório. A estrofe "ninguém vai sofrer sozinho, todo mundo vai sofrer" não caiu bem pra muita gente, até porque a relação dela com o também cantor e compositor Murilo Huff ia de vento em popa e a carreira dela só subia.

Mas depois da fatalidade de 6 de novembro, percebi que nunca uma estrofe de sofrência faria tanto sentido. É difícil ter que aceitar que só vamos tê-la em nossas memórias, e muitos cantores que sonhavam ter uma parceria com ela (aos quais me incluo) terão que se acostumar com as pérolas que ela nos presenteou.

No dia seguinte, outra fatalidade, desta vez na Nicarágua, onde, igual a muitos países, o luto da democracia impera. O sandinista Daniel Ortega (e por sandinista entenda-se comunista nicaraguense) mandou prender quem fosse contra ele sem choro nem vela e venceu com 75,92% dos votos válidos (ou inválidos, já que os opositores que apareciam nas cédulas eram de fachada). Óbvio que ia dar merda, né? Enquanto Ortega era massacrado por Iván Duque, Carlos Alvarado (Costa Rica) e até por Fernando Henrique Cardoso, que desce o pau no Daniel mas afaga o Luiz Inácio, era saudado por Lula, Maduro, Ali Khamenei e pelos Ministérios das Relações Exteriores de Taiwan e Bolívia.

E em 8 de novembro, após o luto na democracia, quase que outro helicóptero cai; desta vez, da Globo Minas. Para a glória de Deus, todos estão vivos até agora.

Semanas depois, passado o luto no jornalismo com o falecimento da sensacional analista Cristiana Lôbo, que infelizmente perdeu a guerra contra o câncer, o Chile foi às urnas. O Chile é mais amigo do Brasil que a Argentina, porque tudo o que dá certo aqui eles resolvem adaptar. Até a maldita polarização entre a esquerda e a extrema-direita, que foi decidida no 2º turno.

Cinco dias depois, o COVID pariu uma nova variante, que nada tem a ver com este despretensioso blog, mata pouco mas contagia pra cacete: a ômicron. Curiosamente, a cepa descoberta na África do Sul tem o nome de uma criptomoeda que, toda vez que foi citada na semana do anúncio da chegada da cepa ao mundo, era supervalorizada. A criptomoeda, não a cepa, frise-se.
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Nº de mortos pela COVID no Brasil614.681

Aí, veio o final do ano. E dezembro começou com o luto da justiça comum torando. O processo contra os causantes do massacre na Boate Kiss (sim, massacre, porque um incêndio causado de propósito, se envolve vidas, pra mim é massacre), que começara em 02 de abril de 2013, portanto dias após o crime, só foi levado a julgamento oito anos e oito meses depois, em 1º de dezembro.

O julgamento, que durou dez dias e foi mais folclórico que justo, terminou com os quatro réus condenados. E todos pelo mesmo crime: homicídio simples com dolo eventual. O Tribunal de Justiça do Estado, sediado em Porto Alegre, foi o palco da patacoada quando a defesa dos réus, alegando vingança e injustiça por parte do TJ, chegou a pedir habeas corpus, que foi até concedido, mas o Fux acabou com a brincadeira e mandou todo mundo se apresentar na prisão. Cabe recurso, pra nosso pesar.

E quando ninguém acreditava que o ano pudesse ter mais tragédias, eis que em 7 de dezembro, um temporal resolve nos dar ainda mais desgosto. O Sul da Bahia e o Vale do Jequitinhonha, norte de Minas, foram brutalmente afetados pelas tempestades. Até agora, ambas as regiões passam por graves dificuldades. Por isso, como eu não tenho dinheiro para doar, me solidarizo fazendo orações para que os habitantes destas duas áreas possam se recuperar, reerguer suas cabeças e suas vidas.

Logo, surgiu a notícia da compra do Cruzeiro por parte do fenômeno Ronaldo Nazário, que já é dono do Valladolid. Na mídia, o único que foi veementemente contra tal negociação foi o Craque Neto. Ora, se o Ronaldo tivesse comprado o Corinthians o Neto teria calado a boca. É óbvio que uma negociação dessas tem seus riscos e seus prejuízos, mas qual negócio não tem?! E aliás, é certo que R$ 400 milhões é pouco perto do tamanho da Raposa, mas é melhor que nada.

E quando pensávamos que 2021 finalmente já estava se encaminhando, eis que tivemos mais uma péssima surpresa. O luto na música sertaneja, que se fazia sentir há mais de um mês e meio após a partida de Marília, outra vez se faz presente. Duas vezes.

Yago e Santhiago, dupla de presença nas redes sociais principalmente em relação ao talento e à irreverência que levavam por todos os lugares que passavam, se desfez com o falecimento do primeiro: Yago lutava contra um câncer, sobre o qual nunca contou publicamente. E infelizmente perdeu a batalha.

Maurílio, que fazia dupla com Luiza, sempre foi o mais discreto dos dois. Casado, pai de família, Maurílio lutou enquanto pôde para sobreviver depois de sofrer um tromboembolismo pulmonar. Infelizmente, o tempo dele na Terra acabou e ele foi para os braços do Senhor Jesus.
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Nº de mortos pela COVID no Brasil616.691

Definitivamente, 2021 é um ano que devemos riscar de nossas memórias, concordam? Aliás, deveríamos ter passado a virada de preto, representando todos os lutos (e lutas) do já terminado ano de 2021. Que este 2022 possa trazer-nos mais alegrias e menos tristezas. De tristezas, basta os anos passados.